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Palacete Jardim - Covilhã
Edificado na década de 20 do século XX, pelo industrial belga Joseph Bouhon, proprietário de uma das fábricas de lanifícios da cidade, o palacete foi projeto pelo arquiteto Ernesto Korrodi e é considerado o mais emblemático exemplar arquitetónico de Arte Nova da Covilhã.
Segundo a informação, "possui planta irregular, marcada pela disposição de alpendres e varandas salientes, e fachadas dominadas por um elaborado conjunto ornamental de gramática característica, com motivos naturais e linhas sinuosas".
"Nele se conjugam harmoniosamente materiais como o granito, as cerâmicas, o mármore e o ferro, representados nas fachadas em molduras, varandas, colunas e revestimentos azulejares de grande qualidade, complementados, nos interiores, por ´boiseries´, pinturas murais e apainelados de evidente interesse decorativo".
Destaca-se ainda a elevada integridade do programa original, bem como o seu valor enquanto testemunho do longo passado industrial da "Manchester Portuguesa" [como chamavam à Covilhã pelo elevado número de fábricas têxteis que teve], que possibilitou a fixação de uma burguesia abastada, atraída pela linguagem moderna, pelo impacto visual e pela conotação cosmopolita da Arte Nova.
O Palacete Jardim, na Covilhã, distrito de Castelo Branco, foi classificado como monumento de interesse público, de acordo com um anúncio publicado no Diário da República.
No despacho assinado pela secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro, destaca-se que o Palacete Jardim se ergue "numa zona nobre da Covilhã, cidade de forte vocação industrial, a meio de uma encosta de declive acentuado com vista privilegiada sobre o cenográfico vale do Zêzere e o conjunto montanhoso da serra da Estrela".
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